O Parque da Cidade, a "jóia da coroa" sempre defendida pelo PS, irá ter uma zona desportiva composta por seis courts de ténis, duas piscinas e um espaço polivalente. A proposta foi ratificada pela coligação (PSD-CDS/PP) e teve um desfecho singular no Executivo, os socialistas votaram a favor, na Assembleia Municipal do Porto, anteontem, à noite, optaram pela abstenção. A CDU e o BE votam contra.
Se a polémica frente urbana defendida pelo arquitecto Sidónio Pardal e estimulada pelo socialista Nuno Cardoso, fazem parte do passado, o novo equipamento apresentado pelo Sport Clube do Porto, fez ressuscitar velhos temores e ameaças. "Não estámos a ir pelo caminho correcto. As novas construções aumentarão a impermeabilização dos solos numa área de 13 hectares", alertou Teresa Andersen, arquitecta paisagista e eleita pelo PS. Entre a oposição, existem receios do verde ficar menos verde. "Que não", responde Álvaro Braga Júnior, do CDS/PP. E concluiu "O projecto é uma mais-valia para a cidade".
"E porque não se faz um concurso público?", questionou Artur Ribeiro, da CDU. "Até onde vai esta espécie de venda a retalho do Parque da Cidade"?, perguntou José de Castro, do BE. Na contagem das votação uma surpresa aos 26 votos a favor (PSD eCDS/PP), seguiu-se a abstenção do PS e cinco votos contra (CDU e BE). "O novo equipamento vai roubar muito espaço verde ao parque. Já existe muito cimento na zona, mas também é verdade que os novos equipamentos são úteis à cidade. A zona está muito degradada", disse, ao JN, Justino Santos, do PS. "Temos sido prejudicados ao longo dos anos. O FC Porto, Boavista, Salgueiros e o Fluvial tiveram terrenos em propriedade plena.Nós, apenas, em direito de superfície ainda vamos pagar mais de meio milhão de euros à Câmara", lembrou, ao JN, Paulo Barros Vale, presidente do Sport Clube do Porto.
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