O jornalismo de investigação corresponde a uma “luta contra o tempo e o dinheiro”, referiu Joaquim Vieira, antigo director da RTP e actual presidente do Observatório da Imprensa.
Vieira participava ontem num debate sobre o tema no âmbito do lançamento do livro ‘O Museu Desaparecido’, de Hector Feliciano. No encontro defendeu-se que este género jornalístico está a passar por tempos difíceis, chegando mesmo os intervenientes a referir que há um “retrocesso” porque “não é tão apoiado como o jornalismo quotidiano”.
Por ser lado, o jornalista José Vegar defendeu que “a investigação corresponde a pequenos prazeres pessoais que não são partilháveis”. O mesmo repórter, que acompanhou a luta pela independência de Timor, sublinhou no entanto que quando “praticado por iniciativa própria” o jornalismo de investigação “só tem destaque se se cruzar com a linha editorial do órgão de Comunicação Social onde poderá ser publicado.” O freelancer, que trabalhou para vários jornais, vai mais longe: “Esta é a cruz que hoje se vive em Portugal.”
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