Para os mais desatentos, é difícil perceber a razão pela qual o presidente do FC Barcelona, Joan Laporta, retirou Deco da lista de imprescindíveis, preparando-se para atirar o luso-brasileiro pela borda de Camp Nou fora. Injustiça, clamam alguns. O problema é que Deco faz lembrar o russo Kulkov dos bons velhos tempos do Benfica, quando Yuran era o mais espalhafateiro, mas com o médio a puxar os cordelinhos do trio de russos (Yuran, Kulkov e... Mostovoi). Quem conhece o balneário do Barça garante que Deco é o líder do "bando dos brasileiros", que pelos vistos engloba também Lionel Messi e o islandês Gudjohnsen. Para acabar com a permanente "Revolta na Bounty", e sossegar Ronaldinho Gaúcho, Laporta e o seu "entorno" perceberam que a solução é cortar a cabeça da "hidra". O resto, como as declarações cruzadas, faz parte do folclore. Quando até Scolari já mostrou o cartão amarelo ao "Mágico da Noite", tá tudo dito...
PS: Foi uma vergonha para o "barcelonismo" o desprezo demonstrado pelo plantel "blaugrana" em relação a Nelson Mandela na recente deslocação à África do Sul. Na manhã em que estava prevista uma recepção com o Prémio Nobel da Paz, os craques ficaram a dormir. Ronaldinho Gaúcho, embaixador da UNICEF, e Samuel Eto'o, abandeirado da luta contra o racismo, ficaram a curar a ressaca no hotel. Nem sequer Rijkaard deu a cara. Dignidade tiverem apenas Oleguer, Iniesta, Von Bronckhorst, Thuram e Belletti. Nenhum dos 3 capitães (Puyol, Xavi e Ronaldinho) assumiu as suas responsabilidades. Simplesmente deplorável. Mas acima de tudo, sintomático.
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