Todos os jornais diários perderam compradores no primeiro trimestre deste ano face ao mesmo período do ano passado, tendo o Jornal de Notícias sido o que sofreu maior queda, de acordo com dados oficiais hoje divulgados. Apesar de se manter como o segundo diário mais vendido em Portugal, o Jornal de Notícias vendeu, entre Janeiro e Março deste ano e de acordo com dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT), menos 11.368 exemplares do que no mesmo trimestre de 2006, afastando-se ainda mais do líder Correio da Manhã.
A descida de vendas registada pelo Jornal de Notícias, propriedade do grupo Global Notícias detido pela Controlinveste de Joaquim Oliveira, representa uma queda de 11,6% - a segunda maior do trimestre em termos relativos -, para 86.774 exemplares. A maior queda percentual foi apresentada por outro dos jornais de Joaquim Oliveira, o 24horas. Tendo vendido, em média, menos 7.789 exemplares por dia, o 24horas sofreu uma diminuição de 18,5%, passando para os 34.295, o que significa que vendeu menos cerca de 7.800 exemplares por cada dia.
Entre os dois rivais ditos de referência (Público e Diário de Notícias), o Público continuou a ser o que mais vendeu, mas foi também o que mais compradores perdeu. Com vendas médias de 41 mil exemplares durante o primeiro trimestre deste ano, o jornal do grupo Sonae perdeu quase 3.700 compradores por dia, o que representa uma queda de 8,2%.
Já o seu concorrente Diário de Notícias - outro dos diários da Controlinveste - foi o que perdeu menos compradores, não chegando a diminuir 450 exemplares por dia. Uma diminuição que representa 1,3 por cento e que deixou o DN a vender 34.510 exemplares por dia.
Também o líder Correio da Manhã - detido pela Cofina - deixou escapar compradores no período em análise, perdendo mais de 2.700 (redução de 2,4 por cento), apesar de continuar a ser o único diário que continua a estar acima da barreira dos 100 mil exemplares, ao apresentar vendas médias de quase 113.300 exemplares. No total, os cinco principais jornais diários do país perderam mais de 26 mil compradores por dia, caíndo para vendas na ordem dos 310 mil.
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