Dizia um conhecido manipulador de marionetas do fenómeno desportivo nacional, que uma vitória, quando se joga mal, pode valer a conquista de um título. Pode haver quem pense que o facto dos SUPER8 ganharem quase sempre nos leva a perder motivação e baixar os braços quando as dificuldades surgem. Desengane-se. Para nós, o campeonato decide-se a cada sexto dia da semana. Este sábado, foi preciso lutar contra ventos e marés, tendo somente cinco elementos para alinhar perante um adversário que podia fazer rotação de atletas. Perante um verdadeiro carrossel de emoções, devido à alternância permanente no marcador, fomos capazes de dar uma resposta cabal, mantendo alto o nível de entrega. EL SIETE regressou às lides e espalhou o perfume do seu talento pelo campo. O EU mostrou que a sua qualidade é tão alta quanto é baixo o seu centro de gravidade. O GURU foi um líder a dar o peito às balas. EL TURCO, mesmo inferiorizado, lutou bravamente. Na baliza, BALDANO filosofou pouco e defendeu muito, abortando as investidas contrárias até à vantagem final, por 7-6. Nos últimos minutos, tornou-se necessário controlar o ritmo e segurar a bola. A sensação de regozijo quando o encontro terminou valeu por tantos minutos de palpitação. Um tal de Karpin, dizia esta semana: “Esquecemo-nos que, sem lutar, somos vulgares”. Ao contrário da Real Sociedad, os SUPER8 nunca se esquecem de que o talento, sem sacrifício, não ganha jogos. O nosso sucesso não tem segredos. É uma realidade.
janeiro 12, 2004
CRÓNICA-2: Cinco guerreiros para sete golos
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