Portais novos, um de jogos (mygames) outro de vídeos (myvídeos) , mais agregação de conteúdos informativos e uma distribuição dos mesmos que dá prioridade à Internet - uma cacha, como explicou, ontem, Francisco Pinto Balsemão, já não espera pela publicação no 'Expresso', é divulgada na hora no site -, assinalam a aposta do grupo que preside no on-line.
"A Impresa deixa de ser um grupo de média para ser grupo multimédia, o primeiro em Portugal", disse, ontem, o administrador da SIC. "Queremos revolucionar o processo de produção de notícias", referiu. "Somos uma fábrica, no bom sentido, de informação de qualidade, que tem como um dos seus produtos um jornal ('Expresso') que chega às bancas". Apresentou como lema "Política on-line 'first' (primeiro)".
A estratégia do grupo associa aos negócios das áreas tradicionais - televisão, jornais e revistas - a Imprensa Digital, criada para desenvolver projectos multimédia. O "mygames", que avançará no prazo de um mês, é exemplo disso. Trata-se de um projecto "'cross' média" que associa internet - terá site próprio -, um programa de televisão na SIC Radical e ainda uma revista. O "myvídeos" começará ainda este ano.
Na estação, depois da fusão de redacções SIC e SIC Notícias, sucede-se uma mesma estrutura multimédia, que arranca em Setembro. Com ela prosseguirão os avanços nas várias plataformas, da internet aos telemóveis. Está ainda em preparação um portal feminino, sites próprios para a revista Caras e Exame. Integram já a Imprensa Digital o portal Inforportugal e a plataforma Digital Guest Services, de entretenimento para hotéis.
A aposta tem em vista "a internacionalização do grupo", disse Balsemão. É nesse sentido que se investiu na versão em inglês da informação no site da SIC.
Balsemão assumiu estar rendido às potencialidades do on-line, domínio que tem dedicado muitas horas de análise nos últimos tempos. Acredita que a área multimédia se irá transformar na "segunda fonte de receitas do grupo, logo a seguir à publicidade, ultrapassando as vendas de publicações".
Por isso tem investido forte no sector desde o final do ano passado. De um total de 14 milhões, quatro foram gastos em aquisições, de que é exemplo a compra de 51% do portal "aeiou". Em 2009, prevê que as receitas mutimédia representem 10% do total de proveitos do grupo.
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