fevereiro 01, 2012

Regulamentação do póquer em Portugal




pokerpttv on livestream.com. Broadcast Live Free


00:00:00 - Início do Programa Domingo Desportivo
03:38:00 - Início do Debate; Entrada de Hooligato
05:45:00 - Entrada de D33P, membro do PokerPT.com
06:45:00 - Entrada de Ricardo Matos, Director do Casino de Espinho & membro do PokerPT.com 

Quem não teve oportunidade de ouvir o debate sobre a regulamentação do póquer em Portugal, denominação que penso fazer mais sentido do que a legalização, tem por aqui acesso ao podcast publicado pelo PokerPT. A partir deste domingo, nada será igual.

A conversa foi apenas um ponto de partida para a consciencialização do mundo do póquer nacional para uma realidade que, face ao anúncio já feito pelo Governo, será inevitável. Com que moldes legislativos e práticos, depende também da nossa capacidade de intervenção, pelo que serão precisos 10, 20, ou 30 debates como este ou mais alargados, às 2 da tarde ou 2 da manhã (estavam tantos ouvintes às 5h45 quando a emissão terminou como costumo ver online à 1 da manhã dos domingos normais, e com o chat em ebulição, uma adesão que nunca pensei ser possível nesta fase...) para que não sejamos confrontados com factos consumados que poderão penalizar gravemente, e sobretudo, os jogadores.

Veremos, entretanto, se a ideia de sugerir um Prós e Contras na RTP será viável. Optar pelo silêncio complacente é que nunca.

Por muito que várias das opiniões tenham sido interessantes, e foram por vários motivos, chamo particular atenção para o conteúdo da intervenção de Ricardo Matos, jogador de póquer mas igualmente diretor do Casino de Espinho e figura de relevo dentro da estrutura da Solverde. Pela sua voz, ficou clara, se alguém tinha dúvidas, qual será o posicionamento, e enorme força, da Associação Portuguesa de Casinos e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa neste processo. Em breve escreverei um artigo conciso, mas que vai tocar em algumas feridas. Até breve.


4 comentários:

nezzi77 disse...

boas

grande progama de facto.

mas deixo aqui alguns pontos:

1-a mim so me interessa o fecho ou nao do mercado

1.a-se houver fecho,quanto tempo teremos ate la

2-a interveccao do ricardo no meu ver era escusada:ele esteve la como director de 1 casino!nao como membro do pokerpt ou outra coisa kk,aquilo que ele disse ja nos sabiamos.


3-o fexo do mercado sera mau para todos!disto k ng tenho duvidas!os nossos pros tera de emigrar e la se vao muitos euros..e nao serao poucos,e 1 coisa arrasta a outra...quantos de nos comecamos por apostar online devido ao facto de jogarmos poker?

4-eu falo por mim:com o fecho do mercado nao me verao nas mesas mais do 1 x por semana a jogar um circo...30k-40k de jogadores serao afectados com esta decisao,nao me parece que seja 1 minoria!

5-mas pode ser que tenham
olhos e 1 mentalidade aberta e sigam o exemplo da belgica,dinamarca,grecia etc.

6-se eu ja raramente ia aos casinos,com isto digo mesmo:nc mais la ponho os pes!sao uns greedys!negocios sao negocios...mas isto e imoral,ilegal!continuam com esta merda de monopolio em pleno 2012!amigos...so mesmo em portugal...espanha ira fexar o mercado,e quase que aposto que no futuro voltarao a abrir!franca e italia e dif;tem mercado alargado...

7-restarao os live donkaments em portugal,mas neste momento arrisco mesmo a dizer:nao deverei fazer mais nenhum em portugal!prefiro juntar sabujos e ir a badajoz ou la toja.e bebemos uns biris!

para terminar:espero mesmo que nao seja o fim da linha para muitos de nos...a questao dos imposto a mim nem me importa mt,pk ja pago bastantes(lol).eu apenas gostaria de fazer akilo que adoro:JOGAR POKER LIVREMENTE!

bjs a todos

Anónimo disse...

Boas

Tenho pena de ter apagado o meu blog. Tinha lá um post sobre este tema, feito há bastante tempo, e gostaria a agora de lá ir ver o que pensei na altura.

De qualquer forma a minha ideia é de que é muito difícil pronunciar-me sobre suposições e incertezas.

Não faço ideia do que vai acontecer, nem quando nem como. Vou tentar também fazer uma exposição por pontos.

1. Receio que a falta de visão daqueles que vão decidir, adicionado às pressões do Santa Casa, Casinos e Futebol, e a urgência em obter receita por parte do estado, possa ser altamente prejudicial ao jogo de poker no nosso país.

2. Para elaborar uma legislação adequada ao poker haveria necessidade de uma mentalidade culturalmente evoluída, capaz de entender que nos tempos actuais a concepção de emprego e de empresa, está muita para além de uma fábrica da 9 às 17h.

3.Há que fazer uma distinção clara entre o poker, apostas e jogos de casino. No caso do jogo que nos interessa é importante demonstrar que, no longo prazo, os conhecimentos e capacidades dos jogadores é que vão determinar a evolução dos seus resultados.

4. A abertura ao Poker poderia trazer benefícios para Portugal, quer na captação de eventos, quer na captação de jogadores e, eventualmente, criando até condições para que se fixassem no nosso país as equipas de suporte das próprias salas.

5. A regulamentação, especialmente se acompanhada tb de novas leis para os torneios ao vivo, poderia até ser benéfica para o jogo.

Imaginemos que os torneios começavam a ser acompanhados na Sportv, que o jogo era publicitado na televisão ou nas camisolas dos clubes; que histórias de sucesso como as de Acoimbra ou J. Barbosa começavam a ser do domínio público...

6. A regulamentação também poderia permitir aos jogadores um maior conforto no que toca à utilização dos seus ganhos e à construção da sua estabilidade pessoal.

7. Quando vejo salas reputadas como a Bwin ou a Everest operarem com softwares tão fracos imagino o que seria o Software Santa Casa ou Solverde :)

8. A posição intransigente dos Casinos em relação ao Poker, em última análise, é prejudicial para eles próprios. Tal como o Nezzi entendo que o seu único interesse é explorar os jogadores, estão habituados a lidar com jogadores perdedores, acomodados a essa situação, mas essa nunca será a realidade dos jogadores de poker. Se fosse pessoas mais evoluídas compreenderiam que também eles poderiam ser amplamente beneficiados com a promoção e abertura da modalidade. O que deveria fazer era pressão para também dentro dos seus espaços a legislação ser alterada em favor de uma experiência agradável para os jogadores.

9. O Ulisses (pelo que percebi é trader) havia de gostar muito de só poder fazer operações com a EDP, PT, BCP, Brisa e Jerónimo Martins.

10. Se uma sala está regulamentada em França (ex. PokerStars.fr), sendo eu cidadão da União Europeia até que ponto poderei ser impedido de utilizar os seus serviços?

11. A questão dos impostos é bastante pertinente. Numa sala exclusivamente nacional, ficariam mais fáceis de cobrar. No entanto, logo descobririam que não havia nada para cobrar, pois o tráfego iria de certeza ser muito reduzido.
Serem os próprios jogadores a declararem os ganhos também acho esquisito. Não me estou a ver a imprimir gráficos do Sharkscope para mostrar nas finanças. A solução que eu gostaria de ver era serem as salas a pagar, no entanto concedo que numa sala a operar internacionalmente isso é muito difícil de operacionalizar de forma justa.

Repito que acho que está tudo ainda muito indefinido, tal como a minha própria forma de pensar acerca deste assunto.

Volto a estar com o Nezzi quando digo:QUERO JOGAR LIVREMENTE! E quero que o jogo seja reconhecido de uma forma aberta, sem qualquer tipo de estigma na minha sociedade.

Abraço

petersimon69 disse...

Gostaria de deixar a minha opinião/proposta:

Objectivos:
1-Legalização do poker em Portugal
2-Não fechar o Mercado
3-Reconhecer os jogadores profissionais de poker como trabalhadores
4-Gerar lucros para as todos envolvidos no poker
-Estado
-Santa casa
-Casinos
-Salas de Poker
-Jogadores

Considerando que:

1- Todos os "jogos" (lotaria, Euromilhões etc) cobram à cabeça uma verba destinada a ser dividida pelo estado-Santa Casa etc
2- Os jogadores patrocinados por casas são trabalhadores por conta de outrem e teem obrigações e regalias inerentes a esse estatuto
2-Os jogadores profissionais não patrocinados por casas são trabalhadores por conta própria e teem obrigações e regalias inerentes ao estatuto

Proposta:

Cobrar uma pequena "fee" nos buy in e nos cash a todos os jogadores nacionais que seria dividida pelas varias entidades.
Exemplo: Um MTT de 3$ actualmente é cobrado 3.30 sendo que 30 centimos é para a casa de apostas - passaria a 3.50 onde 30c para a casa e os outros 20c a dividir pelo estado/santa casa/casino.
Com uma pequena alteração do software (trackar os jogadores nacionais para cobrar a "fee") seria possível, na minha modesta opinião, deixar todas as entidades felizes, legalizar o poker e reconhecer os profissionais como trabalhadores com deveres e direitos inerentes.

Anónimo disse...

boas,
tenho e direi muita coisa sobre o assunto, no seu devido momento.
ao longo destes anos formei várias opiniões e conheci muita gente, dos mais variados quadrantes e com os mais variados interesses.
eu, como simples recreativo que sou e serei sempre, independentemente do volume que possar jogar,uma coisa sei, poucas serão as pessoas que neste momento não tenham interesses envolvidos, por isso,a defesa dos jogadores é uma treta.
porque dentro do universo próprios jogadores, existem vários tipos de interesse.
como tal, e tal como as decisões verdadeiramente importantes,estas serão tomadas por um número muito restrito de pessoas.
se existisse alguém verdadeiramente interessado com os jogadores de poker,isento, e sem qualquer tipo de interesse pessoal,seria muito importante que estive envolvido nesse grupo restrito de pessoas que vai tomar a decisão.
como isso não vai acontecer, o que está aqui em causa é quem vai ganhar mais e pelo menos perder o minimo possivel, tudo o resto, é merda, tudo o resto é o povo, tudo o resto são os otários dos numeros.
utopias todos podemos ter, sonhos todos gostavamos de concretizar, mas a realidade está aí, e essa vai ser crua e dura e irreversível, pelo menos nos próximos 4 ou 5 anos.
depois não tenho a minima duvida, que vamos ter uma enorme abertura ao mercado europeu e mundial.
neste momento é libertinagem, agora vem a pura recessão, depois vem o equilibrio.

zeca