O multi-tabling ainda é uma dor de cabeça para muitos jogadores de poker pouco rodados na modalidade. Em algumas salas trata-se de uma variante impraticável, enquanto noutras as funcionalidades como as mini-tables retiram sensibilidade ao jogo, afectando o rendimento e a leitura da acção. Também neste aspecto o Full Tilt é insuperável e, depois de muitas noites a multi-tablar com bom rendimento em play money, há algum tempo que tinha traçado o objectivo de fazer um "foursome" em dinheiro vivo, dado que já tinha tentado um "threesome" com duas mesas de ring e uma sng de $2, mas com a quarta mesa a ser uma de play da Pokerstars. Mesmo assim, deu para arrecadar os 9 dólares do triunfo no torneio, 75 cêntimos num dos rings e $4,10 no outro.
Ontem à noite, e depois de um "foursome" em play money encerrado abaixo do normal, só com um 2º e um 3º lugar no payout, uma vibração surgiu do nada e deu na aventura que o frame documenta. Quatro sng's em simultâneo, um trio de $2+0,25, a minha variante preferida e onde se joga mais poker, e um turbo $1+0,25 para compor o ramalhete. O investimento de $8 permitiu uma receita de $12,6, com payout em 3 das 4 mesas. Poderia ter bem sido melhor, caso a maldição dos heads-up não continuasse a fazer das duas. Mas quando, até na mesa Turbo, e estando com 4800 fichas e o chip leader com 5100, e o terceiro artista debilitado, o gajo que está na frente calla o meu shove de A4 com um K4 e recebe um K no River, acho que já muito bom ter saído com saldo positivo. Outras duas eliminações também foram contra KK, pelo que os Reis não queriam nada comigo. De qualquer forma, em termos de exibição pokeralhística, foi uma madrugada a recordar, com vários "moves" em "estilo Sonazol" a comprovarem uma evolução progressiva, mas segura. Esse é mesmo o principal factor da equação, sobretudo para um jogador recreativo com tão pouca presença em real money.