outubro 02, 2004

SUPER8 3-3 ARROJADOS: Uma tristeza de espectáculo

O dia 2 de Outubro de 2004 vai ser lembrado por muito tempo pelos SUPER8, mas sem qualquer saudade. Ao contrário do que se esperava, a rentrée dos sábados de manhã não foi palco do despique saudável que alimentou durante quase dois anos a rivalidade entre os S8 e os Arrojados. Desde os primeiros minutos que as picardias e as provocações fizeram a ordem do dia, descendo ao ponto tão rasteiro de haver um remate contra o guarda-redes quando este estava a orientar a barreira ou uma cotovelada no queixo durante um lance dividido. Por acaso até gostava de voltar a jogar e ver alguém fazer-me isso. Gostava, gostava...
Mas enfim, os SUPER8 continuam a ser uma equipa inocente, que se preocupa em jogar a bola. Composta por jovens, sim, mas com ocupações profissionais que dispensam lesões e chatices desnecessárias ao sábado de manhã. Atitudes maldosas, como cometer quatro faltas em menos de dois minutos são situações que definem o que se passou. Sabendo nós que, no futsal, a partir da quinta falta há livre directo, imaginem que as regras fossem aplicadas com rigor. Claro que a "valentia" dos nossos adversários se deve ao facto de saberem que os S8 só querem jogar a bola e não pactuam com violência. Futebol, mesmo em pavilhão, é um jogo de contacto, mas desta vez todo um passado de dois anos foi desrespeitado. Pior do que terem sido convocados elementos que nada têm a ver com o espírito dos Clássico, foi os capitães de equipa dos SUPER8, que realmente só merecem consideração fora de um rectângulo de jogo, terem permitido que a palhaçada continuasse.
Numa altura desta, o FUTSÁBADO apenas pode destacar o extraordinário comportamento do JORGE, o melhor elemento dos nossos adversários, que preocupou-se somente em jogar a bola e foi autor de um "hat-trick". Um exemplo que não foi seguido. Do lado dos SUPER8, o ANÓNIMO marcou dois golos e o GURU completou o marcador de grande penalidade. No final, um dos Arrojados ainda quis transformar um lance normal de falta em situação do outro mundo, como se tivesse sido alvo de algum carrinho ou entrada ao osso, provando com a sua permanente má disposição que não tem nada a ver com o ambiente desejável para um convívio desportivo como o nosso. Que saudades do Vieri, do José Carlos... Por acaso deu com o GURU, que é de bom tempo, dado que com outros a coisa tinha metido mais contacto...
Terminada a tourada, e aproveitando o facto do campo estar livre na hora seguinte, os Arrojados decidiram fazer um treinito entre eles, mesmo não estando qualquer ambulância no local. Nos poucos lances que o FUTSÁBADO pode presenciar através da porta, o mais aplaudido foi aquele em que um tipo tão redondo que até se confundia com a bola (só sabia fazer faltas e ainda mandava bocas do banco, como se nos conhecesse de algum lado...) levou uma valente lapada na cara em lance dividido, ficando com ela (imaginem se tivessem sido os S8...) e mostrando um sorriso amarelo, dado que não tinha ninguém com quem estrilhar. Ficou comprovado que Deus não dorme, mas também que os Arrojados já passaram a fronteira do razoável e admissível. Apesar de tudo isto, não consta que alguém tenha necessitado de tratamento hospitalar. Graças a Deus. É triste quando as coisas chegam a este ponto. A reportagem fotográfica está no FUTSÁBADO FOTOLOG, como habitualmente. Caso alguém queira apresentar alguma reclamação, cara a cara, o autor deste texto estará no próximo sábado, pelas 11 horas, no sítio do costume.

Ligações e Créditos:

FOTOREPORTAGEM do Clássico no FUTSÁBADO FOTOLOG

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