A Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa) vai propor a criação de um novo modelo de Conselho de Imprensa (que já existiu nos anos 90) como forma de auto-regulação para os jornais portugueses, disse ao DN João Palmeiro, presidente da associação, à margem de um encontro sobre televisões na Internet. Palmeiro esclareceu que não se trata de reactivar o antigo Conselho de Imprensa, mas sim de criar um novo modelo, que "nada terá a ver com os modelos tradicionais que existem na Europa".
A ser criado, o novo Conselho de Imprensa envolverá patrões dos media e jornalistas e terá competências nas áreas do direito de resposta e deontológicas. "O nosso primeiro passo será falar com a ERC [Entidade Reguladora para a Comunicação Social] porque é esta que tem a responsabilidade de apoiar mecanismos de auto-regulação", explicou Palmeiro, que tem já uma reunião marcada com o regulador para discutir a possibilidade de ser criado aquele novo órgão de auto-regulação, cujos contornos não quis adiantar.
O presidente da APImprensa admitiu que a ideia de "ressuscitar", mas em novos moldes, o Conselho de Imprensa surgiu depois de na última conferência da ERC tanto os directores e patrões dos media como o próprio ministro terem defendido e desafiado, respectivamente, o sector a avançar para a auto-regulação.
No encontro, falou-se ainda dos efeitos da directiva comunitária para os Serviços de Media Audiovisual (conhecida por AVMS), com vários dos presentes a avisar que esta poderá alterar o modelo de televisão tradicional, introduzindo alterações ao nível da publicidade, auto e co-regulação e educação para os media.
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