novembro 25, 2006

Até sempre, camaradas...

Nascido em Santa Maria da Feira, há 34 anos, César Manuel Bastos de Oliveira tirou o curso de jornalismo na Universidade Nova, em Lisboa, e iniciou a sua carreira no Record em 1994, entrando no quadro em 1 de Maio de 1995. Especializado na reportagem – em que era particularmente brilhante –, recusava sempre cargos de chefia, já que a sua paixão era viajar e escrever. E só pela amizade que o ligava a outros companheiros de trabalho se dispôs a ser editor da revista Record DEZ, cargo que actualmente desempenhava com rara competência e conhecimento.
Já André Prata Gomes Romeiras, natural de Lisboa, tinha apenas 28 anos e era licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. Passou pelo “Jornal de Notícias”, antes de chegar ao Record, no início de 2002, entrando para o quadro do jornal em 1 de Abril desse ano. Desempenhava a sua actividade no Record Internet, onde se distinguia pelo seu entusiasmo e dedicação. Deus levou-os, mas a saudade permanecerá eternamente nos corações dos seus colegas de redacção. Até sempre, camaradas!

O último testemunho de André
De: André Romeiras [mailto:andre_romeiras@hotmail.com]
Enviada: qui 23-11-2006 16:14
Para: jalmeida@record.pt; pcgoncalves@record.pt; ssimões@record.pt;
Assunto: Incrusión en PATAGÓNIA

"Pois é, cá estou eu no fim do Mundo, meus caros, e que fim do Mundo... Por onde começar? Na cosmopolita e cultural Buenos Aires, na pureza de Bariloche (ainda na Argentina), na região dos lagos e vulcões com cume nevado no Chile, no marisco e pinguins e lobos-marinhos da isla de Chiloe, na surreal carretera austral... tudo em apenas 16 dias. Quedan más 10...

Tem sido tudo à maneira, desde as pessoas, supertranquilas, as paisagens com que nos debatemos diariamente. Aliás, o mais difícil é absorver tanta informação, já que nos aparece tanta coisa diversa e ainda tão virgem. Já tive o meu primeiro contacto com glaciares, o de maior dimensão suspenso numa rocha com direito a cascata, que origina por sua vez um lago verde, o chamado lago glaciar. Isto depois de uma caminhada muy dura. É, de resto, o que temos feito: percurso de jipe a diversos parques naturais, senderos (caminhadas), e observar as maravilhas da natureza, muitas vezes debaixo de chuva intensa nas denominadas "rain forests".

Contamos com muitos quilómetros nas "pernas", mas a vontade de ir mais além, até ao fim da carretera austral (Vila O'Higgins) mantém-se intacta. Beberemos uma cervejita (ou mais, a que houver), tal como fizemos na nossa inesquecível incursão no Pacífico. Aí, graças à técnica Vale Milhaços, abrimos a cerveja com isqueiro e cortámos queijo com uma concha do mar.

Palavras para quê? Somos portugueses e estamos a conquistar outra vez os mundos...

Forte abraço desde aqui, volto em breve...

Andrés"

1 comentário:

Anónimo disse...

ANDRÉS ... SE AQUI TIVESSES CERTAMENTE DIRIAS MAIS UMA VEZ:

-MAIS DO QUE AS PALAVRAS ... O SILENCIO

VALE MILHAÇOS

PS-AINDA TAMOS CÁ TODOS AMIGO