dezembro 12, 2004

FUTBOLAS-34: A POLLhice do senhor Graham...

No mínimo, um golo polémico. O segundo golo de Henry frente ao Chelsea, no empate do Arsenal (2-2), está a suscitar um forte ruído de fundo em Inglaterra, no rescaldo do grande derby londrino, segundo relata o jornal online MaisFutebol.
O lance resume-se em poucas palavras: aos 29 minutos, o avançado francês cobrou um livre directo, quando o guarda-redes Petr Cech ainda orientava a barreira. Um remate à traição, sem que se ouvisse o apito do árbitro, no qual a bola bateu num jogador e entrou direitinha na baliza. Não é a primeira vez que Henry faz esta gracinha, mas desta vez os protestos dos jogadores do Chelsea junto do árbitro Graham Poll, um dos mais conceituados juízes do Mundo, também marcaram o escaldante desafio em Higbury Park. Confrontado com a questão, Poll explicou aos jornalistas o que o levou a validar o golo. "Quando a equipa que ataca sofre a falta, é ela que tem a vantagem", começou por dizer.
O árbitro prosseguiu: "Quando o livre é perto da grande-área, nós perguntámos aos jogadores se eles vão marcar rápido, ou não. É uma oportunidade que eles têm para surpreender a defesa. Se eles quiserem marcar rápido, têm direito a fazê-lo, mesmo que a bola bata num defesa três metros à frente. Isto também é válido se o remate sair por cima da barra, porque o jogador só tem uma oportunidade. Se acontecer como aconteceu hoje em Highbury, não pode haver queixas".
A explicação não ficou por aqui. "Outra coisa é quando o jogador quer marcar o livre de forma lenta. Ele não pode marcá-lo enquanto eu estiver a verificar se a barreira está a dez metros do local onde houve a falta. Só pode bater a bola quando eu apitar. Desde que a bola esteja parada no sítio certo, a equipa que ataca pode marcar tão rápido como quiser".
Esta explicação até podia fazer todo o sentido. No entanto, o que se vê na televisão é o senhor Graham Poll a levantar o apito, dando implicitamente a indicação de que os jogadores deveriam esperar pelo sua indicação para proceder à marcação do livre. O que não veio a acontecer. Como, ainda por cima no futebol inglês, deveria imperar o "fair-play" ao invés do "vale-tudo-menos-arrancar-olhos", o mínimo que se pode dizer é que o senhor Graham fez uma valente POLLhice ao Chelsea. Até estava a torcer pelo Arsenal mas, a partir daí, mudei a agulha, apesar de aceitar que poderia ter sido uma boa lição para o "mister" Mourinho. Já agora, vejam no dicionário o que quer dizer Golden Whistle...

1 comentário:

Anónimo disse...

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