Os filósofos do basquetebol costumam dizer que a um grande momento de uma equipa corresponde, normalmente, uma fase menos positiva de outra. Neste caso, e transpondo essa linha de pensamento para o futsal, os SUPER8 não conseguem apresentar a sua melhor equipa, falham golos atrás de golos, cometem erros defensivos que se tornam penalizantes e o resultado disso é uma louvável moralização dos ARROJADOS. Numa perspectiva analítica, é caso para dizer que quem se confessava cansado de ganhar sempre, tem é de aparecer nos jogos e começar a dar ao pedal para que as coisas sejam recolocadas no seu devido rumo.
Os ARROJADOS estão a jogar bem, a lutar mais do que era normal, mas é preciso admitir que os SUPER8 têm dado uma ajuda inestimável para essa realidade. Desde logo, este sábado voltou a ser um exemplo incontestável. Só compareceram quatro elementos dos S8 originais, que tiveram de ser reforçados pelo EL NUEVE e EL MALAKO, que ao menos se destacam pela sua generosidade em campo. Por outro lado, voltaram a acontecer atrasos inaceitáveis no início do encontro, o que nos dá menos tempo para ganhar. Pela segunda semana consecutiva, o BALDANO não fez defesas dignas da sua craveira, mas acabou por sofrer três golos. Uma prestação defensiva positiva, apesar de tudo, mas que perde expressão na medida em que o ataque não funciona.
Desta vez, foram o EL SIETE, o ANÓNIMO e o EL TURCO a não porem os pés no pavilhão, cada qual seguramente com uma boa explicação, mas a colocarem em risco a competitividade da equipa. O velho espírito dos SUPER8 não regressará enquanto todos os elementos não voltarem a demonstrar abnegação no simples detalhes de... comparecerem aos jogos.
ONDAS. Para exemplificar a onda negativa que tomou conta dos SUPER8, basta ver que até o GURU teve a infelicidade de ser envolvido numa situação de auto-golo. Os ARROJADOS aproveitaram a falta de controlo de jogo da nossa equipa e lá foram trocando a bola e resistindo como lhes era possível, protagonizando também algumas movimentações interessantes. O BALDANO insistiu muito no futebol directo para resolver o problema da finalização, mas essa premissa do FUTEBOL OCTAVIANO não pode ser complementada sem "pressing" imediato, e nos S8 nem sequer a pressão alta está a sair como noutros tempos. O "99", o guardião adversário, utilizando novamente as suas "joelheiras mágicas", voltou a fazer algumas defesas impossíveis, e quando os ARROJADOS se colocaram a vencer por 2-3 a situação pareceu mesmo muito complicada. A insistência final não deu frutos e o empate acaba por ser motivo de reflexão para qualquer das equipas. O acréscimo de confiança dos ARROJADOS é evidente, mas a verdade é que os SUPER8 têm conseguido resistir à crise sem ocorrer qualquer descalabro, pelo que há que manter a confiança numa retoma para breve.
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