O secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, reafirmou hoje que o Estado vai deixar de comparticipar as despesas de saúde dos jornalistas, mas admitiu uma situação de transição para os casos de tratamentos prolongados em curso.
Francisco Ramos disse aos jornalistas, no final de uma reunião com a direcção da Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas, que os benefícios adicionais de saúde dos jornalistas vão acabar no final do acordo, dado que a proposta de orçamento do Estado para 2007 prevê o fim do financiamento público de sistemas privados de saúde.
Os jornalistas têm uma Caixa de Previdência própria com um subsistema de saúde que permite aos seus beneficiários utilizarem serviços particulares de saúde e receberem, posteriormente, uma comparticipação do Estado.
A presidente da Caixa dos jornalistas Maria Antónia Palla manifestou preocupação pela confirmação do fim do subsistema, que considera ser o mais adequado ao exercício da profissão de jornalista, tendo em conta a falta de rigor dos horários de trabalho e a frequente deslocação por motivos de serviço.
O secretário de Estado disse ainda que o subsistema de saúde dos jornalistas custa ao Estado cerca de três milhões de euros por ano, mas garantiu que a decisão do Governo não se deve a “uma questão simplesmente financeira, mas sim de unificação dos sistemas”.
Segundo Maria Antónia Palla, o actual subsistema de saúde dos jornalistas é mais barato para o Estado do que se passarem todos a ser atendidos no Sistema Nacional de Saúde.
A caixa de jornalistas tem cerca de 5000 beneficiários e estima que cada um gaste, através do subsistema de saúde, 385 euros por ano.
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