Há muitas formas de avaliar a agressividade no poker. Uma das mais valorizadas no capítulo da definição de um perfil de jogador centra-se na percentagem de pre-flop raises (PFR). Dado o extraordinário ecletismo do field das mesas FutPoker, temos mesmo todo o tipo de intervenientes, o que torna tarefa muito complicada a definição de uma estratégia que funcione ao longo de toda uma Copa, por exemplo, obrigando a constantes adaptações tácticas.
Olhando para os números, vamos de um agressor inveterado como é o Gageiro/Sonazol, que ataca em praticamente um quarto das mãos (PFR de 23,94%), até ao cúmulo da passividade, expressa na atitude de players como o Roscas ou o TiroLiroLiro (3,23% e 2,42% de PFR, respectivamente). Encontrar uma correlação directa entre este perfil de jogo e o sucesso desportivo também não é fácil se ficarmos presos unicamente a estes dados, que em breve complementaremos.
Por exemplo, o nosso amigo paulista, o Beto (aka TiroLiroLiro), já conta com dois payouts nas nossas Copas apesar do baixo patamar de acutilância com as suas cartas de mão. Cenário similar ao do Leo (também dois payouts...), que ocupa a antepenúltima posição em domínio dos PFR (5,68%), e do Home do Gas, que corre poucos riscos antes do flop (6,75%), mas depois acaba por estar presente nos momentos decisivos. São estatísticas incríveis, sobretudo se tivermos conta que raramente jogamos em full table, pelo que é natural que o poker seja mais loose. Interessante, e a dissecar nos próximos dias, foi o compromisso estratégico encontrado pelo Vítor "OQCaralho" Mendonça, que venceu 4 das últimas 5 Copas adoptando uma postura que chega a lembrar o que se passa nas mesas de Limit. Com 16,42% de PFR adquire uma boa rampa de lançamento para isolar oponentes e agredi-los até estes tombarem, foldando, ou acabarem "afogados" no river. Mas, como referimos, essa análise fica para mais tarde. Mantenham-se atentos.
Nota: Só foram incluídos no estudo jogadores com pelo menos 100 hands na base de dados.
