O poker é feito de vitórias e derrotas. É preciso aprender com cada uma delas e seguir em frente, melhorando. No entanto, existem momentos que podem marcar. Incentivando ou estigmatizando um jogador. Para quem está a começar, os manuais desaconselham as mesas "shorthanded", ou seja, com 5 ou 6 jogadores ao contrário dos 9 ou 10 que são habituais nas "Sit'n go". Apesar de um percurso positivo nas "5 handed" do Paradise, uma derrota das que custam a engolir fez-me mudar o rumo. O regresso às mesas curtas foi feito através da Bwin. O "Mogadíscio" do poker, como prefiro chamar-lhe. No entanto, e como também acontecia no Paradise, é preciso levar alguns aspectos em conta. Por exemplo, de madrugada este tipo de mesa é pouco frequentado. É difícil encontrar lá "peixes" e o mais provável, como tenho verificado, é que se trate de um lago de "tubarões", onde só praticantes experientes se arriscam a mergulhar. Por isso, o triunfo que encerrou a noite de ontem teve um sabor especial. Contra um quarteto de oponentes que possuem, em média, 695 jogos a dinheiro real de experiência só na Bwin, a exibição foi notável. Até porque, em cerca de 5 meses na modalidade, nem chego a 60 jogos em dinheiro real, isto contando com os "freerolls" (embora com 3 em 5 no payout nas shorts da Bwin...). O que prova que é possível evoluir mesmo centralizando a acção em "play money".
Como no poker o objectivo é eliminar oponentes, levando-os a cometer erros, é evidente que isso se torna mais difícil contra quem tem mais prática, embora isso nem sempre seja sinónimo de conhecimento adquirido. Neste caso, e se os meus adversários também utilizam o Sharkscope para tirar medidas à oposição (ver thumbnail abaixo...), então não devem ter gostado nada do arrepio que levaram. E se calhar daí algum "trash talking" na caixa de chat, variante na qual também somos difíceis de bater...
Foi uma noite de excepção, com lucros em ring de Limit no Full Tilt e no Everest, e apenas um contratempo num torneio de qualificação para o qual o Sapeitodos (aka Anónimo) me desafiou (21ª em 40 porque na que chamo a "mão da martelada" tive de dividir o pote com JJ em triplo all-in... azar). Por acaso o nosso camarada de armas deu "show de bola" e terminou no "money", registando 6,80 dólares de lucro. Mas se em algo o poker e o jornalismo desportivo são parecidos, é que por muito boa que seja uma edição, no dia seguinte o desafio repete-se. Faremos por estar à altura. Como diria a canção, e agradecendo a inspiração nocturna, "no matty what..."
2 comentários:
Fiquei no money e no pódio. 3.º lugar. Mais nada!!!!
Trata mas é de pagar alguma coisa ao pessoal. Com 6,80 dólares é o mínimo que podes fazer... ahahah
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