maio 30, 2007

Deputados pedem radiografia do medo nos media

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) vai apresentar aos deputados uma "radiografia" do "clima de medo" nas redacções e de outras condicionantes do livre exercício da profissão. O compromisso foi assumido, ontem, pelo presidente do SJ, Alfredo Maia, como resposta ao desafio lançado pelos deputados da sub comissão parlamentar dos direitos fundamentais e comunicação social.
No final de uma audição à direcção sindical, no âmbito da discussão na especialidade do novo Estatuto dos Jornalistas, o presidente da sub-comissão, Luís Campos Ferreira, do PSD, pediu com "carácter de urgência" a revelação dos dados que levaram Alfredo Maia a referir, repetidamente, a existência de processos de "afastamento das redacções dos jornalistas com mais experiência e maior capacidade crítica". Além disso, o dirigente sindical denunciou um "clima de medo que limita o livre exercício da profissão", quer seja , na precariedade laboral, ou nas "chamadas restruturações das redacções".
"As palavras do presidente do Sindicato foram um toque a rebate que nós não podemos ignorar", concluiu Campos Ferreira, depois de obter a concordância dos outros deputados representados na comissão.
No que respeita à revisão do Estatuto dos Jornalistas, proposta pelo Governo, em relação ao qual, o SJ manifestou reservas por considerar, não estarem acauteladas, questões como os direitos de autor ou a garantia de que a quebra do sigilo profissional é uma excepção, a sessão de ontem foi marcada pelo recuo do PS. Pela voz do socialista Arons de Carvalho ficou a promessa de que será retirada da proposta a aplicação de multas aos jornalistas por infracções disciplinares.

maio 29, 2007

Teletubbies fomentam paneleirice?


O actual Governo da Polónia, conservador, deu mais um passo nos seus esforços para combater o que considera ser uma campanha de propaganda homossexual nas televisões, desta vez voltando as suas armas para Tinky Winky e os outros Teletubbies... Ewa Sowinska, escolhida pelo Governo para defender os direitos das crianças, afirmou a uma revista que estava preocupada com a possibilidade de o programa infantil da BBC fomentar a homossexualidade.

Cofina Media vai ter edifício próprio nos arredores da Luz


A Cofina Media vai mudar de instalações para um novo edifício, em Lisboa, prevendo acomodar cerca de 850 pessoas, correspondentes aos vários activos deste grupo de comunicação social, e ainda instalar futuros projectos, nomeadamente o de um canal de televisão, segundo escreve o Semanário Expresso. A mudança está prevista para 2009, após a construção do novo edifício, que ficará situado na envolvente do estádio da Luz, na Rua José Maria Nicolau, junto ao centro comercial Colombo. O projecto foi concebido pelo arquitecto Miguel Correia, do ateliê Ideias de Futuro, e a estrutura é composta por oito pisos: quatro andares acima do solo (16.410m2) e quatro abaixo do solo (18.477m2), com 423 lugares de garagem.
Todos os activos do grupo Cofina - nomeadamente os jornais ‘Correio da Manhã’, ‘Jornal de Negócios’, a revista ‘Sábado’, mais dez outras publicações e ainda os vários sítios «on-line» - ocuparão dois dos andares em regime de «open space». Também as redacções dos jornais gratuitos ‘Destak’ e do novo projecto denominado ‘Meia Hora’ integrarão este espaço. “Acima de tudo, o edifício permite-nos enfrentar o futuro com as ambições de crescimento que temos, que passa pela evolução na parte de ‘media’ escrita e também noutros sectores onde temos demonstrado vontade de estar, nomeadamente na televisão”, salienta Luís Santana, administrador da Cofina Media. E adianta que “a ideia é concentrar todas as unidades de negócio da Cofina Media, numa lógica de sinergia”.
O novo projecto de televisão generalista, que tem sido anunciado pela Cofina, ocupará um dos andares do edifício (4100m2), mas caso este projecto se concretize antes de 2009, Luís Santana admite adoptar instalações provisórias para o seu arranque.

‘Meia Hora’ complementa ‘DN’ e ‘Público’
A Cofina anunciou, ainda, que vai lançar um novo jornal diário gratuito intitulado ‘Meia Hora’, que pretende entrar no segmento dos diários generalistas de referência, onde estão o ‘Público’ e o ‘Diário de Notícias’. No entanto, “não queremos ser concorrência directa destes jornais mas sim um complemento de informação talhado para o mesmo público alvo: as classes A e B”, salienta Sérgio Coimbra, director da nova publicação.
O ‘Meia Hora’ resulta da parceria da Cofina com a Metro News (ambas já detêm o ‘Destak’) e vai começar a ser distribuído em Lisboa 6 de Junho. A equipa editorial é composta por 15 pessoas vindas essencialmente da rádio e televisão, que serão lideradas por Sérgio Coimbra, antigo director da revista ‘National Geographic’.
A política editorial será diferente da dos restantes gratuitos do mercado, dando um maior enfoque a temas de política, economia e internacional. “O objectivo é passar a informação que interessa em meia hora”, refere ainda o mesmo responsável. A publicação terá entre 24 e 32 páginas, com diversos outros conteúdos nas áreas de cultura, desporto e «life sytle». O jornal também vai contar com espaços de opinião, estando já confirmados os nomes do ex-director do canal 2 da RTP, Manuel Falcão, da historiadora Maria Filomena Mónica e do professor universitário Luciano Amaral.
Os 100 mil exemplares diários do ‘Meia Hora’ serão distribuídos em vários pontos da capital, um esquema que foi “cuidadosamente pensado para abordar o público-alvo do jornal”, salientou o administrador da Metro News Publicações, Francisco Pinto Barbosa.
Metade da distribuição do novo gratuito será realizada em 70 semáforos da cidade de Lisboa, com os restantes exemplares a estarem disponíveis em centros de escritórios, bairros residenciais de alto poder de compra, ginásios, restaurantes e transportes públicos.
O investimento global do projecto é de dois milhões de euros, com o retorno esperado pelos investidores a três anos.

maio 27, 2007

As "Azenhices" do Dragão


Carlos Azenha, adjunto de Jesualdo Ferreira no FC Porto, deu uma aula de conceitos que rompe com a concepção tradicional de muitos treinadores. Convidado a participar no Congresso sobre futebol no ISMAI, o metodólogo apresentou aquilo que entende por modelo de equipa e por modelo de jogo. O primeiro é um conceito composto por quatro premissas (modelo de jogadores, modelo de treino, modelo de comunicação e modelo de jogo) e que interagem.
Quanto ao modelo de jogo, é desmembrado no sistema táctico (4x3x3), no método de jogo (métodos para defender e atacar); no esquema táctico (lances de bola parada); e princípios orientadores (passes curtos, longos, agressividade). Há ainda um dado interessamte - as transições que no seu entender "não devem ter mais do que três segundos é o primeiro gesto técnico". Carlos Azenha também ensinou qual a diferença entre estratégia (preparação antes do jogo) e táctica (aquilo que se vê no jogo). Depois, revelou como tem jogado o FC Porto - 4x3x3 com variante em 4x4x2, em ataque rápido, cujo sistema foi elogiado por Mourinho. E terminou com uma frase sua "Os treinadores que dominam o conceito de modelo de equipa são aqueles que mais perto estão do êxito".

ORGANIZAÇÃO. O último dia do III Congresso Internacional do Desporto ficou marcado pela intervenção de Carlos Azenha. O treinador-adjunto do FC Porto esteve no ISMAI para explicar o que é um modelo de jogo. Um dos colaboradores directos de Jesualdo Ferreira foi bem claro quanto ao comportamento táctico habitual do FC Porto: "O sistema táctico da nossa equipa é o 4x3x3, com uma variável de 4x4x2. O método defensivo é à zona, uma zona pressionante, e jogamos em ataque continuado. O FC Porto só faz ataques rápidos, nunca joga em contra-ataque". Depois, Azenha explicou que "a diferença entre contra-ataque e ataque rápido" está relacionada "com a equipa adversária". Ou seja: "Num ataque rápido, a estrutura defensiva do adversário está organizada e no contra-ataque está desorganizada. Como no caso do FC Porto todos os adversários estão organizados, não treinamos o contra-ataque". Entre outras revelações, Carlos Azenha disse que esta época os três grandes "busílis" do FC Porto foram os jogos com Sporting e Boavista e o da Taça de Portugal com o Atlético onde, reconheceu, a equipa foi "incompetente".

FutMedia: Cofina Media investe 2 milhões de euros no gratuito Meia Hora

Dois milhões de euros é quanto a Cofina Media e a Metro News vão investir no diário gratuito de referência “Meia Hora”, cujo o retorno, segundo revelou Luís Santana, administrador da Cofina Media, tem um prazo de três anos.
Inspirado no gratuito espanhol “ADN”, o jornal ontem lançado em Lisboa, como Record deu conta aos seus leitores, quer competir no mesmo segmento de títulos como o “Público” ou o “Diário de Notícias”. Cem mil exemplares de tiragem inicial, visando alcançar uma audiência potencial de 300 mil leitores, é a arma que o novo gratuito apresenta para a conquista de mercado – um objectivo a iniciar no próximo dia 6 de Junho, data do lançamento efectivo do “Meia Hora”.
Semáforos (50%), escritórios e edifícios comerciais (20%), bairros residenciais com alto poder de compra (15%), transportes públicos (5%) e uma selecção de restaurantes em Lisboa (5%) compõem o mix de distribuição do novo diário que, com esta selecção, procura ir ao encontro do target do título, a classe A/B.
Sérgio Coimbra, antigo director da “National Geographic”, vai liderar uma redacção de 15 jornalistas, com uma média de idades a rondar os 30 anos.

Opinião
Manuel Falcão e Maria Filomena Mónica são alguns dos cronistas que o “Meia Hora” apresenta. Além da opinião, o jornal irá abordar, sobretudo, conteúdos de índole política, económica e internacional, estando a ser discutida a inclusão de conteúdos de outros títulos da Cofina.
O “Meia Hora” terá a direcção comercial de Rui Nunes, um profissional oriundo do universo da Global Notícias, sob a supervisão de Luís Ferreira, director-geral de publicidade da Cofina, e de António Stilwell Zilhão, administrador da Metro News e sócio fundador da empresa.

maio 24, 2007

Câmara lembrou-se que o Palácio de Cristal está ao abandono...

A Câmara do Porto anunciou que prevê concluir em 2009 um investimento de 17 milhões de euros na reconversão do Pavilhão Rosa Mota (Palácio de Cristal) em espaço multiusos. O presidente da autarquia do Porto, Rui Rio, afirmou que o objectivo é transformar o Rosa Mota numa estrutura com as mesmas valências do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, ainda que com apenas um terço da capacidade. Tendo em conta esse objectivo, o estudo da requalificação foi feito pela própria Parque Expo.
Com a transformação a operar, o Rosa Mota ficará apto a receber eventos "de grande escala", nos campos desportivo, cultural ou musical, sustentou o autarca. O investimento será financiado, segundo Rio, com verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e com recurso à banca, mas a renda a obter da sociedade que explorará o futuro multiusos cobrirá, espera o autarca, os custos do empréstimo.
Gonçalo Gonçalves, vereador que tutela a empresa municipal Porto Lazer, actual gestora do Rosa Mota, disse que a exploração do espaço será feita numa parceria pública/pública ou público/privada. A câmara já decidiu que o espaço será gerido por uma sociedade em que a autarquia terá participação minoritária.
Rolando Borges Martins, da Parque Expo e da sua participada Sociedade Pavilhão Atlântico, manifestou já interesse em envolver-se na gestão do futuro multiusos. A intervenção agora anunciada prevê o rebaixamento da cota de arena, que permitirá duplicar o número de lugares sentados para 5.300. Alterações na cobertura em semicírculo do palácio, instalação de ar condicionado e a construção de espaços complementares constam também do plano.

maio 15, 2007

Gurujoke VI

-Eu sou Paraguaio e quero a tua filha para foder!
-Para quê????
-Paraguaio.

maio 12, 2007

Devemos esforçar-nos por dominar a língua...

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, considera que os profissionais da Imprensa devem "esforçar-se por dominar a Língua" e diversificar a linguagem, sem prejuízo de elaborarem notícias claras e concisas para que possam ser amplamente compreendidas.
Respondendo às críticas de que os jornalistas são co-responsáveis pelo uso simples e redutor da Língua Portuguesa, Alfredo Maia admite que os profissionais da comunicação social "optam por repetir as mesmas expressões", pressionados pelo ritmo frenético dos acontecimentos que os impedem de se esmerar na escrita.
"Isso é, de facto, empobrecedor", lamenta, ressalvando que não se devem "generalizar" os casos, já que, na sua opinião, há trabalhos jornalísticos "de uma enorme qualidade e riqueza" linguísticas.
O grande dilema dos jornalistas, segundo Alfredo Maia, é que, se não forem claros e concisos, dificilmente serão entendidos pelos seus leitores e ouvintes.
"A necessidade de concisão e simplicidade visa assegurar que a mensagem chega à generalidade dos cidadãos. É que a comunicação de massas destina-se a um público muito heterogéneo", justifica.
A "convicção" de que a maioria da população não possui "conhecimentos suficientes para descodificar" as prosas jornalísticas não deve ser impeditiva, de acordo com Alfredo Maia, para os jornalistas, enquanto promotores da Língua e da Cultura, transmitirem "progressivamente" termos que "não são habituais" à opinião pública.
"Sempre que possível, devemos introduzir variedade de expressões [nos trabalhos jornalísticos]", frisa, apelando, nestas situações, ao bom senso.
"Escrever um texto muito bem composto literariamente tornar-se-ia incompreensível para uma parte significativa" do público, insiste.
Para o presidente do Sindicato dos Jornalistas, o principal responsável pelo empobrecimento do uso da Língua em Portugal é a falta de hábitos de leitura, que deveriam ser fomentados em casa e na escola desde a infância.
"Se os cidadãos, desde pequeninos, convivessem com os livros e com a leitura, os problemas [baixos níveis de literacia] não se colocariam", sustenta.
Segundo Alfredo Maia, a "leitura militante" tem também que ser encarada como um desígnio "cívico" do jornalista, que "deve ter uma Cultura acima da média" e "cultivar a Língua, a sua ferramenta essencial" de trabalho.
Confrontado com as críticas de que os jornalistas possuem actualmente um défice de Cultura, o também repórter do Jornal de Notícias responde: "Há um pouco de tudo".
Maria Lúcia Lepecki, professora do Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras de Lisboa, defende que "a comunicação social tem uma importância absoluta no enriquecimento do léxico", salientando que há bons e maus jornalistas no domínio da Língua.
"Há excelentes jornalistas em Portugal que escrevem de maneira primorosa, com pertinência léxica e elegância sintáctica. Lê-los também é fundamental, não podemos passar sem eles", sublinha.
Mas, ressalva, há também jornalistas "com uma carência vocabular extraordinária e com um desconhecimento assustador da própria gramática da Língua", pelo que seriam necessárias "acções regulares de formação/reciclagem".

Presidente da ANAF diz que existem “cerca de 300 empresários clandestinos”

O presidente da Associação Nacional de Agentes Futebol (ANAF), Artur Fernandes, afirmou hoje que existem em Portugal “cerca de 300 agentes clandestinos, vulgo empresários, a operar no mercado, incluindo advogados”. Artur Fernandes interveio na sessão final das I Jornadas do Conhecimento Desportivo, organizadas pela ANAF e realizadas ontem e hoje em Santo Tirso, em colaboração com a autarquia local, e aproveitou para denunciar uma realidade para a qual, segundo acrescentou, a FIFA prevê desde 1996 “sanções diversas”. O combate ao fenómeno é uma das grandes prioridades desta associação fundada há um ano, na qual estão inscritos “mais de 20” dos 34 agentes de futebol licenciadas em Portugal e inscritos na FIFA. “O que nos preocupa é que os jogadores ainda continuem a assinar contratos de representação com agentes não licenciados, com total inoperância do seu sindicato”, realçou Artur Fernandes. O dirigente queixa-se da falta de fiscalização desta actividade e perguntou ao presidente da Liga de clubes, Hermínio Loureiro, também presentes nestas Jornadas, se tenciona alertar os seus associados para não negociar com agentes não licenciados. O presidente da ANAF recebeu depois uma boa notícia do secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Laurentino Dias, que fechou o evento, anunciou que tinha preparado “uma proposta a ser conversada entre todas as entidades envolvidas nas transferências de futebolistas, para regularizar uma parte importante do futebol”. Essa proposta, segundo especificou o governante, foi pensada “em nome de um futebol cada vez mais respeitado” e visa atacar o que considerou ser “uma área débil deste desporto, que é a documentação”. Laurentino Dias defende que deve haver “uma casa por onde passem os contratos” de jogadores. Essa casa, explicou, será uma “nova entidade para onde confluam todos os intervenientes”, como Federação, Liga e ANAF, entre outros. Laurentino Dias apresentou esta sua proposta como um desafio e fez votos para que uma versão definitiva possa ser assinada “daqui a uns tempos”.

maio 08, 2007

Na Grécia ao menos os jornalistas lutam pelos seus direitos...

A Grécia está hoje privada de qualquer tipo de cobertura da actualidade, devido a uma greve de 24 horas dos jornalistas.
A paralisação, que começou às 06h00 de hoje e que se prolonga até à mesma hora de amanhã, e na qual participam todos os jornais, serviços informativos de rádios, TV, sites de Internet e até a agência de notícias Ana, que tem uma participação estatal, é um protesto contra o facto de o Governo grego ter aplicado uma parte da caixa de aposentações dos jornalistas em fundos de investimento estatais.
Esta decisão do Governo, que não foi anunciada nem discutida, tem originado desentendimentos dentro do próprio executivo nos últimos dias. O investimento, de 130 milhões de euros, foi denunciado pelo sindicato dos jornalistas da Grécia.