janeiro 17, 2012

Legalização do Jogo Online pode ajudar a evitar novas medidas de austeridade em 2012




Um documento interno do Ministério das Finanças, liderado por Vítor Gaspar, admite que em 2012 o país vai precisar de 500 milhões de euros em receitas extraordinárias para se aproximar das exigências da troika e, assim, evitar a necessidade de recurso a novas medidas de austeridade para além das que foram inscritas no Orçamento de Estado. Na perspectiva do Governo, os trunfos a colocar sobre a mesa são poupança nos juros da dívida soberana, venda de património e... novas concessões de jogo.

Agora que a crise se instalou e falta dinheiro, é forte a probabilidade de, finalmente, ser encarada com urgência a legalização do Jogo Online, à semelhança do que está a suceder em diversos países europeus. É um passo inevitável e, de alguma forma, até ansiado, sobretudo pelos operadores. No entanto, cresce agora a dúvida sobre em que moldes, e perante que influência dos actuais monopólios, será efectuada a tal transição da selva actual para um mercado regulado onde os casinos, casas de apostas e salas de póquer se possam movimentar.

Acima de tudo, neste processo, e dado que pelos vistos o que não falta são entidades a querer meter a mão no prato, quem será a voz que zelará pela defesa dos pelos interesses dos jogadores?


As respostas, espera-se, vão começar a surgir quando o propalado orçamento rectificativo de 2012 (sim, estamos no início do ano e já é preciso um novo orçamento...) ganhar forma e for colocado a debate na Assembleia da República.

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