setembro 18, 2004

"Professora, como se diz Gabriel Alves em inglês?"

Fui descobrir este post no blogue O Vilacondense, e achei que o devia partilhar com o pessoal. Para quem não saiba, o senhor em questão é o famoso comentador dos jogos de computador da série FIFA, dos quais me assumo como fervoroso adepto. Nem imaginam o choque que foi, para mim, assistir pela primeira vez a um jogo transmitido pela BBC com o dito John Motson a comentar. Os dedos mexiam-se instintivamente, como se estivessem à procura da minha "Gravis Eliminator Aftershock". Infelizmente, agora, com os comentários traduzidos às três pancadas do Jorge Perestrelo e do Hélder Conduto, da TSF, a coisa perdeu piada. Mas ainda assim, ouvir dizer que "se este jogo fosse no meu jardim tinha de correr as cortinas" dá cabo da concentração ao mais viciado "player". Bem, mas aqui fica o referido post com a devida vénia ao seu autor:

Se alguém pensava que só nós, portugueses, é que tínhamos o privilégio de desfrutar de comentários do calibre dos do lendário Gabriel Alves, engana-se. O Reino Unido também tem um e chama-se John Motson, “the voice of football”. Algumas pérolas:

“Para todos aqueles que estão a ver o jogo a preto-e-branco, os Spurs são os que equipam de amarelo”
“Esta poderá ser a nossa melhor vitória sobre a Alemanha desde a Guerra”
“Os golos fizeram toda a diferença no desenrolar do resultado”
“O jogo tornou-se imprevisível, mas parece que o Arsenal irá ganhar a taça”
“O Campeonato do Mundo é um acontecimento verdadeiramente internacional”
“Seaman, tal qual uma árvore a cair, conseguiu mudar de direcção”
“E que fantástica altura para marcar! 22 minutos de jogo!”
“Quase todos os adeptos do Brasil usam camisolas amarelas – é um fabuloso caleidoscópio de cores”.
Mas este locutor da BBC esteve quase metido num grande sarilho, durante o Euro 2004. É que recorre tanto a clichés nos seus comentários (“Mottyisms”) que se fazem apostas sobre se e quantas vezes ele irá recorrer às ‘muletas’. Veja-se estes exemplos, todos do encontro Inglaterra-Portugal: “boy wonder” acerca de Wayne Rooney e “did well to keep it out” sobre o guarda-redes David James, pagavam 10-1; chamar “Captain Marvel” a David Beckam, 16-1; “dreaded penalties”, 25-1; e, até ao primeiro intervalo, “What will Sven be saying at half-time?” pagava 25-1.
A grande bronca estalou quando as apostas para o uso da expressão “these are nervous moments”, para o mesmo desafio, começaram a ter um movimento inusitado, atingindo a surpreendente relação de 5-2, quando haviam começado nuns simples 50-1. Até porque vinham, quase todas, de apostadores na net. E tudo se complicou quando o locutor usou a dita expressão com apenas 69 segundos de jogo decorridos, levando as casas de apostas ao desespero e acusando-o de estar feito com alguns apostadores, especialmente colegas da estação. Ele negou e o seu manager apoiou-o, recordando que, em Portugal, nem havia sequer jornais ingleses(!!!) pelo que ele não poderia estar ao corrente das apostas. Claro que não se provou nada, mas da fama já não se livra mais...
Ah! No Portugal-Grécia, a aposta era o uso da expressão “golden generation”, que pagava a 10-1. Motson demorou 33 minutos antes de a usar…"

Ligações e Créditos:

Blogue O Vilacondense

2 comentários:

Anónimo disse...

que graça :)

Anónimo disse...

ate vai cair um dentinho