Notícia do semanário "O Independente" transcrita pelo Blogue Quatro-quatro-dois
"A Liga Fantástica, uma iniciativa com vários anos do jornal Record, foi ganha em 2001 por uma equipa que, de acordo com o Tribunal de Instrução Criminal de Vila Nova de Gaia, recorreu a pirataria informática para chegar ao primeiro lugar e arrecadar o prémio de 100 mil euros. O estratagema foi descoberto por um concorrente do Porto, Vasco Azevedo, que chegou a estar nos lugares cimeiros e se viu, à conta de burlas informáticas, arredado para o sétimo lugar. Caso tivesse ficado em segundo lugar – a classificação que considera correcta – teria obtido um prémio de 40 mil euros.
O queixoso garante que chegou a pedir explicações ao jornal. No entanto, como lhe disseram que estava tudo em ordem, avançou com uma queixa para a Polícia Judiciária (PJ). A investigação do processo veio a revelar que três alegados burlões informáticos das cidades da Amadora e do Cartaxo tinham, entre diversas alterações, acedido à equipa de Vasco Azevedo e conseguido, desta forma, as melhores classificações na Liga Fantástica.
Segundo a acusação, a que o Independente teve acesso, a equipa de Vasco Azevedo – “Felinos III” (PJ) – era constituída por Peter Schmeichel, César Prates, Rui Jorge, André Cruz, Soderstrom, Barroso, Pedro Barbosa, Zé Roberto, Acosta, Fary, Manuel Fernandes e Figo, equipa esta que, a 24 de Maio de 2001, estava em segundo lugar. Ao que tudo indica, um dos acusados terá, mesmo em cima do prazo-limite, substituído na “Felinos III”, por meios informáticos, Schmeichel, César Prates, Rui Jorge, André Cruz, e Zé Roberto por Ricardo, Quevedo, Frechaut, Litos e Sanchez, o que relegou a equipa do queixoso para o sétimo lugar.
Entretanto, e sem Vasco Azevedo saber, a Judiciária descobriu outros dois alegados burlões que participavam no concurso com cerca de 170 equipas e também “acediam às equipas dos adversários a fim de antecipadamente poderem conhecer as suas substituições e alterar as suas equipas de modo a ficarem melhor classificadas”.
Vasco Azevedo queixou-se dos responsáveis pelo concurso, incluindo a administração do Record, representada pelo presidente da Cofina, Paulo Fernandes, mas o Tribunal não chegou a pronunciar qualquer destes elementos, limitando-se a acusar os três responsáveis pela intrusão nos sistemas informáticos da Liga Fantástica. Ainda segundo o queixoso, os alegados burlões concordaram em pagar-lhe 50 mil euros, o que o levou a retirar a queixa, apesar do processo ter continuado".
1 comentário:
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