Muitos jornalistas chegam a trabalhar gratuitamente durante seis anos e meio, depois de contabilizadas as horas extraordinárias que fizeram sem ser pagos, o que totaliza perdas na ordem dos 220 mil euros ao longo da carreira. Os números foram divulgados pelo Sindicato Nacional de Jornalistas do Reino Unido e Irlanda (NUJ). De acordo com o mesmo organismo sindical, uma análise dos salários de 2004 no Reino Unido mostra que quem trabalha nos órgãos de comunicação ganha, em média, menos 5400 euros por ano do que profissionais com actividades semelhantes, como professores, contabilistas ou advogados.
"Se esta tendência se mantiver, ao longo de uma carreira de 40 anos, isto significa uma perda imensa de rendimentos, o suficiente para pagar a hipoteca de uma casa em muitas zonas do país", denunciam os representantes dos profissionais de comunicação, acrescentando que "a escravatura foi abolida, mas muitos jornalistas trabalham de graça para patrões que não têm problemas em pedir-lhes que dispensem o seu tempo livre, ao mesmo tempo que lhes pagam o mínimo que podem". Os pagamentos nos "media" serão, aliás, um assunto em discussão num encontro marcado para 19 de Novembro, uma espécie de aperitivo para o "Work Your Proper Hours Day", a realizar em 24 de Fevereiro de 2006 e organizado pela central sindical TUC.
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