Foi a 15 de abril que rebentou a Black Friday, quando o FBI e o Departamento de Justiça norte-americanos decidiram avançar contra a Pokerstars, Full Tilt e Ultimate Bet/Absolute Poker. Hoje, a 15 de maio, o cenário da modalidade terá mudado assim tanto?
Nesta primeira fase pós-terremoto, o que se pode dizer é que o facto da Full Tilt ainda não ter começado a permitir cashouts aos jogadores norte-americanos, e da UB/AB ter decidido declarar falência, levaram a uma perda grave de credibilidade dessas salas. Parece ridículo, mas mesmo tendo sido obviamente afectada pelo ataque das autoridades (quebra de 26% contra 38% da FTP), a Pokerstars ficou ainda mais isolada no domínio do mercado e tem retomado lentamente o ritmo de recuperação de jogadores. Facto para o qual contribuiu o detalhe de, ao abrigo da legislação da Ilha de Man onde está sedeada, ter as contas com os fundos dos clientes segregadas dos restantes activos da empresa.
O dano mais grave para a Stars poderá advir de quanto o mercado norte-americano for efectiva e finalmente regulado se não lhe for permitido candidatar-se a licenças para operar naquele espaço vital. Aí, sim, poderá nascer outro gigante com capacidade magnética de conquistar mercado. Enquanto isso, as salas e redes marginais ganharam afluência no pós-Black Friday, mas em números totais relativamente modestos em relação ao que seria de esperar, dado que as percentagens são apelativas mas partem de uma base reduzida, estando ainda por recuperar para a economia do poker um volume importante de jogadores que se viram afastados de forma forçada.
O aborrecido da questão, mesmo, é não haver luz ao fundo do túnel quanto à normalização do acesso ao poker online nos Estados Unidos.
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