Chip Leader: Na pele de van Gaal

Como jornalista desportivo, jamais terei oportunidade de defrontar em ambiente competitivo os melhores jogadores de futebol, a modalidade à qual me encontro fatalmente mais ligado em termos profissionais. Tudo bem que até dei uns pontapés na bola contra o Jorge Costa e Aloísio num estágio de pré-temporada do Sp. Braga, há alguns anos, mas esses enormes vultos do eixo defensivo já tinham passado para a área técnica e tratou-se somente de um animado momento de descontração.

O póquer, porém, tem como condimento essencial da sua atração a essência democrática que o torna acessível a praticamente toda a gente. Por isso, até um jornalista que não é mais do que um curioso com algumas luzes do que é esta modalidade tão fascinante pode obter bons resultados e competir nas mesas com os melhores praticantes nacionais e, às vezes... internacionais.

Este fim-de-semana, as folgas de escala permitiram-me marcar presença na paradisíaca Ilha de La Toja, na Galiza, na Etapa #5 de 2010 de uma Liga que atrai jogadores de vários pontos de Espanha e também de Portugal. Entrei em ação no Dia 1B e, após 11 níveis de 30 minutos com peripécias exasperantes, passei ao Dia 2 com apenas 12.900 fichas, um pecúlio escasso tendo em conta que a média rondava as 30 mil. Em vez de optar por baixar os braços, desistir, e assistir tranquilamente à final da Liga dos Campeões, no sábado fui para o Casino local tão determinado a obter um bom resultado como certamente os rapazes de José Mourinho quando deixaram o hotel rumo ao Santiago Bernabéu. Deixando a posse de bola e a nota artística para os adversários, mas procurando os golos que fizessem a diferença, consegui finalmente algumas fichas que tornaram real o sonho da entrada nos lugares premiados, dado que dos 58 jogadores que começaram o Dia 2, dos 144 que pagaram os 110 euros de inscrição, apenas 16 teriam direito a compensação monetária.

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