A campanha anti-racismo "Made in Nike" não inspirou a Selecção Nacional na sua incursão à República da Irlanda. Desculpas há muitas, mas o facto é que o nosso meio-campo não conseguiu pegar no jogo, os nossos extremos não desequilibraram, o colectivo careceu da raça que os irlandeses mostravam ter para dar a vender. Os moços não jogam por aí além, mas têm um coração do tamanho do mundo. Tudo o que faltou a um Portugal surpreendentemente conformista, onde me parece que Manuel Fernandes e Ricardo Costa têm qualidade para entrar no "puzzle". A derrota foi incontornável e vale-nos que, ao contrário do que diz o senhor Scolari, não vamos mesmo encontrar nada disto na Eslováquia: nem o estádio cheio, nem o ambiente britânico, nem uma equipa com a determinação dos homens de Dublin.
Para terminar a noite em beleza, o fantoche brasileiro tinha de se sair com mais uma das bacoradas que, inexplicavelmente, passam sem crítica nos "media", talvez por medo que o "sargentão" parta para o insulto, como aconteceu no passado. Senão vejam o que ele disse para justificar o desaire: "Se a virilidade é permitida, temos que aprender a ser viris. Que Portugal tenha arbitragens mais rigorosas neste nível para que os jogadores se habituem a ter mais contactos. O futebol português não tem uma cultura de choque". Se calhar até pode ser verdade, mas o senhor Scolari esquece-se é que, no onze titular que escalou, apenas três (!!!) dos dez jogadores de campo actuam em Portugal: Rogério Matias, Petit e Simão. Os outros sete jogam em Espanha, França e Inglaterra...
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