fevereiro 08, 2005

SUPER8 17-9 NEW TEAM: La Crónica


Por um problema de confeitaria, vá-se lá saber o que isso quer dizer, a reportagem do FUTSÁBADO sofreu um ligeiro atraso na sua chegada ao palco dos Clássicos. No entanto, essa nesga de tempo foi o bastante para que os SUPER8 já estivessem em vantagem sobre a NEW TEAM por 5-1. Mesmo assim, ainda pudemos assistir a 20 dos 26 golos obtidos num clássico que durou bastante mais tempo do que seria normal em face da disponibilidade do campo. Vamos assim dar início a um novo modelo de abordagem dos jogos, privilegiando a repartição dos temas e não o texto comprido e maçador. Para manter a vossa curiosidade desperta, e independentemente da realização de uma eventual SESSÃO PIRATA, quarta-feira estarão online 60 imagens do Clássico para vosso deleite. Na quinta-feira serão disponibilizados clips de video, ainda não sendo possível adiantar se por e-mail, ou através de link para que façam o "download". Veremos o que é mais prático. Entretanto, vamos lá ao jogo:


O CRAQUE
El Siete. Nem parece que esteve tanto tempo afastado das lides, o elemento mais tecnicista dos SUPER8. A sua presença permite um controlo do ritmo de jogo que se torna complicado de resolver para as equipas adversárias, dado que sabe quando acelerar no sentido de aproveitar os espaços proporcionados pelo contra-ataque, mas também quando pausar a movimentação, seleccionando um passe para manter a bola em movimento. Defensivamente está abnegado, tendo adquirido consistência e perdido precipitação. Do lado dos NEW TEAM houve uniformidade de rendimento, com o Diego e o Anónimo assumirem as despesas ofensivas, mas com o RicarDeco mais concentrado e o Del Pieco bem integrado no colectivo.

O FACTO
Estratégias. O cumprimento diligente do plano de jogo que identifica os S8 foi meio-caminho andado para mais um sucesso. Todos sabem do que estou a falar. Quanto aos NT, reparei em situação curiosas. Tem havido diálogo interno na equipa, dado que algumas movimentações são claramente "estudadas", saltando à vista o exemplo da "pressão alta" que foram tentando executar a espaços, e que claramente tem o dedo do "vira-casacas" Anónimo. Essa opção justificava por si só um post ao estilo das colunas que um tal de Nuno Amieiro escreve na Revista DEZ. Simplificando as coisas: estiveram melhor os S8 a sair da pressão do que a NT a executá-la. É difícil que o feitiço resulte contra os feiticeiros sem o domínio do fenómeno da "segunda bola". Controversa ainda foi a decisão de rodar a posição de guarda-redes assumida pela NT. O Keeper já mostrou que na baliza pode ser decisivo, mas na frente a sua influência esbate-se e o rendimento quebra mesmo depois quando se coloca entre os postes. É um ponto a repensar. Quanto às bolas às oportunidades falhadas pelos NT, fazem parte do jogo. É um filme do qual os S8 já foram intérpretes sobejas vezes.

O DURO
El Nueve. Uma impressionante surpresa. O rendimento do El Nueve foi extraordinário, com todos os condimentos que o tornam um "outsider" de luxo para os Clássicos. Foi duro, dentro do sentido digno do termo. Corajoso a sair a jogar, clarividente em situações de finalização. Perfeitamente equivalente ao El Siete em termos de contabilização qualitativa, sem desprimor para o desempenho intocável de qualquer dos outros elementos dos S8, tendo o Baldano, o El Eu e o El Guru voltado a justificar a atenção de clubes de outra nomeada. Felizmente temos a sua ligação contratual aos S8 bem blindada. Quanto ao El Nueve, a sua raça é sempre bem-vinda. Não há nada como ir jogar a bola depois do Vitória de Guimarães ganhar um dérbi...

A BARRACA
Peixeiradas. Um jogo de futebol não deve ser uma aula de catequese. Por isso as picardias são normais e saudáveis. No entanto, também devem ser proporcionadas. Nos Clássicos, não se fazem entradas ao homem nem as faltas são reincidentes. No entanto, a exiguidade do espaço é propícia ao contacto. Há que saber lidar com isso, distinguindo a justa indignação por acções marginais ao espírito desportivo com o desespero pela incapacidade de atingir os objectivos em campo. Essa é a fronteira que por vezes se torna bastante ténue no calor das contendas. Nota ainda para a necessidade de motivar os jogadores para serem mais assíduos. O Gabinete de Novas Tecnologias não tem sido um bom exemplo, mas neste caso devem olhar em primeiro lugar ao que dizemos. Última nota para a importância de haver mais cuidado com os equipamentos. A camisola transalpina do Del Pieco ficava-lhe bem, mas criava confusão evidente com as cores dos S8, como até as fotos documentarão quando forem publicadas. Balanço positivo de mais um Clássico. No sábado há mais, se não for antes.

FICHA DE JOGO

SUPER8: Baldano, El Guru, El Nueve, El Eu, El Siete.

NEW TEAM: Keeper, Del Pieco, RicarDeco, Diego, Anónimo.

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