junho 12, 2004

Terá sido uma surpresa esta tragédia lusitana?

O jogo de estreia no Euro'2004 não podia ter corrido pior para os interesses portugueses. O público deu muito apoio, mas a nossa Selecção foi comida de cebolada por uma Grécia que se limitou a fazer... o que faz sempre. Defendeu e foi mais inteligente e feliz no contra-ataque. É caso para perguntar o que andou a fazer o grande estratego Scolari estes meses todos? Tudo porque este desaire traz-nos à memória o que se passou no Mundial/2002, contra os Estados Unidos. Se pensarmos bem, os jogos de abertura das grandes competições têm sido um bom barómetro do que a Selecção Nacional é capaz de fazer. Nas últimas ocasiões, tanto nos Euros/96 e 2000 como na Coreia, sofremos sempre golos primeiro, mas nas duas primeiras ocasiões evitámos a derrota e seguimos para a segunda fase. Desta vez, tal como na Ásia, a derrota foi muito negativa. Quase uma tragédia, tendo em conta que o terceiro encontro é contra a Espanha e mesmo a Rússia não vai ser obstáculo fácil. Só há uma coisa a fazer: acreditar. Depois sim, será altura de fazer um balanço e pedir responsabilidades aos dois senhores que estão no "banner". É que, pensando bem, a derrota contra a Grécia vem na senda do que foi toda a campanha de preparação, na qual não conseguimos vencer qualquer Selecção apurada para o Europeu, carreira longe de positiva, mas que foi encoberta por algumas guerrinhas clubísticas. Agora foi a doer, e todos vimos o que aconteceu. Oxalá a Nossa Senhora de Caravaggio consiga iluminar o "mister" Scolari para que não se consume uma das maiores vergonhas de sempre da história de Portugal.

PS: A melhor notícia da tarde para o futebol português tem nome grego: Seitaridis. Grande exibição e classe impressionante. Confirmou as qualidades que tinha demonstrado nas Antas pelo Panathinaikos. Que grande azia vai ter o senhor Ibarra, alapado no "banquixo"...

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